Moradores de rua - Histórias e Vidas (Bloco II)

Posted by Yuri | Posted in | Posted on 05:15

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Moradores de rua – Histórias e Vidas

Posted by Yuri | Posted in , , , , , | Posted on 15:35

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Conheça a história de três moradores de rua que circulam por alguns bairros da Zona Norte de Porto Alegre e entenda como eles enfrentam a sociedade perante a realidade que os assola.


Essa matéria será dividia em três blocos e publicadas aqui no blog a cada domingo.

Aqui a letra de uma música do artista Gabriel O Pensador, que ilustrou esse trabalho.

O Resto Do Mundo
“Eu me chamo de excluído como alguém me chamou
Mas pode me chamar do que quiser seu doutor
Eu não tenho nome
Eu não tenho identidade
Eu não tenho nem certeza se eu sou gente de verdade
Eu não tenho nada
Mas gostaria de ter
Aproveita seu doutor e dá um trocado pra eu comer...
Eu gostaria de ter um pingo de orgulho
Mas isso é impossível pra quem come o entulho
Misturado com os ratos e com as baratas
E com o papel higiênico usado
Nas latas de lixo
Eu vivo como um bicho ou pior que isso
Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou... Eu não sou ninguém
Eu to com fome
Tenho que me alimentar
Eu posso não ter nome, mas o estômago tá lá
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal
Tenho que me rebaixar a esse ponto porque a necessidade é maior do que a moral
Eu sou sujo eu sou feio eu sou anti-social
Eu não posso aparecer na foto do cartão postal
Porque pro rico e pro turista eu sou poluição
Sei que sou um brasileiro
Mas eu não sou cidadão
Eu não tenho dignidade ou um teto pra morar
E o meu banheiro é a rua
E sem papel pra me limpar
Honra?
Não tenho
Eu já nasci sem ela
E o meu sonho é morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela
A minha vida é um pesadelo e eu não consigo acordar
E eu não tenho perspectivas de sair do lugar
A minha sina é suportar viver abaixo do chão
E ser um resto solitário esquecido na multidão
Frustração
É o resumo do meu ser
Eu sou filho da miséria e o meu castigo é viver
Eu vejo gente nascendo com a vida ganha e eu não tenho uma chance
Deus, me diga por quê?
Eu sei que a maioria do Brasil é pobre
Mas eu não chego a ser pobre eu sou podre!
Um fracassado
Mas não fui eu que fracassei
Porque eu não pude tentar
Então que culpa eu terei
Quando eu me revoltar quebrar queimar matar
Não tenho nada a perder
Meu dia vai chegar
Será que vai chagar?
Mas por enquanto
Eu não sou registrado
Eu não sou batizado
Eu não sou civilizado
Eu não sou filho do Senhor
Eu não sou computador
Eu não sou consultado
Eu não sou vacinado
Contribuinte eu não sou
Eu não sou comemorado
Eu não sou considerado
Eu não sou empregado
Eu não sou consumidor
Eu não sou amado
Eu não sou respeitado
Eu não sou perdoado
Mas também sou pecador
Eu não sou representado por ninguém
Eu não sou apresentado pra ninguém
Eu não sou convidado de ninguém
E eu não posso ser visitado por ninguém
Além da minha triste sobrevivência eu tento entender a razão da minha existência
Por que que eu nasci?
Por que eu to aqui?
Um penetra no inferno sem lugar pra fugir
Vivo na solidão mas não tenho privacidade
E não conheço a sensação de ter um lar de verdade
Eu sei que eu não tenho ninguém pra dividir o barraco comigo
Mas eu queria morar numa favela, amigo
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela.”

Abuso de poder: uma análise inspirada no filme Tropa de Elite II

Posted by Yuri | Posted in , , , , , | Posted on 19:27

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Este trabalho foi realizado pelos estudantes de Jornalismo da Unisinos: Cristiane Noronha e Yuri Ebenriter.

 Com objetivo de buscar a realidade sobre o tema "Abuso de poder", sob a ótica do filme “Tropa de Elite II”, procuramos realizar um estudo de campo focado principalmente nas pessoas que influenciam sobre o mote em questão. O trabalho, que tem a reflexão como principal tema, trouxe as palavras de David Stival (Ex-Presidente do Diretório Estadual do PT/RS), Gerson Luís (Presidente do Diretório Municipal de Alvorada, pelo PTB/RS) e Zeni Pereira (Coordenadora Pedagógica do Sest Senat), como forma de favorecer a opinião da sociedade. Afinal, a democratização é a melhor forma para se formar opinião.
E você, como avalia o “abuso de poder”?
                                                                

Cotas nas universidades: você é contra ou a favor?

Posted by Yuri | Posted in , , , , , , , , | Posted on 11:16

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 Há quem defenda as cotas para negros como uma oportunidade para aqueles que sofreram com a descriminação e a consequente exclusão social.  Uma parcela da sociedade acredita na equalização das oportunidades, outra, que o sistema só reforça o preconceito racial. Debatido há muitos anos no Brasil, a igualdade racial é um tema delicado e, aproveito este assunto para trazer a minha opinião sobre o sistema de cotas nas universidades brasileiras.
 Quatro quintos da história do Brasil se deram sob regime escravocrata. A ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu a escravidão como crime de lesão a humanidade e, mais do que isso, solicitou que os países buscassem medidas, mecanismos e políticas públicas que pudessem, não apenas suavizar, mas também reparar esse dano, que o Brasil inclusive é signatário. E por que o Brasil é signatário? Porque a liberdade foi excluída, o direito ao corpo foi excluído, o direito a dignidade foi excluído. As pessoas foram torturadas, estupradas, assassinadas, ou seja, não tinham direito a vida. Quais são as consequências advindas desse processo? É o que nós temos hoje. Por isso, que nós temos apenas 2,8% dos empresários brasileiros sendo afro-descentes. Assim, como é necessário afirmarmos que, quando nós estamos pleiteando a reparação, bem como afirmando que a escravidão é um crime de lesão a humanidade, estamos dizendo que nós precisamos corrigir esse crime que foi cometido.
 Cabe ressaltar que, qualquer pessoa sabe diferenciar o tipo de escravidão provocada pelas lutas tribais africanas e pelo mercado negro que foi criado a partir da Europa, particularmente de Portugal para as Américas. Mais do que isso, no Brasil a mestiçagem tem sido utilizada quase sempre para negar a parte negra da sociedade brasileira. A mestiçagem no Brasil é parte do fenômeno de branqueamento, do qual o Gilberto Freyre foi um dos grandes defensores, ou seja, aqueles que acreditavam que melhorar a raça brasileira significava evidentemente retirar a parte negra existente na sociedade. Diga-se de passagem, foram executadas políticas públicas de eugenia na década de 30 para trazer uma migração europeia para o Brasil, no sentido de "melhorar as condições sociais dentro da sociedade brasileira", porque os negros eram portadores da desagregação racial. Tudo isso, nesse Brasil que tem uma representação conservadora nos partidos da Direita, que lutam contra as cotas nas universidades, contra o bolsa família, etc.
 As cotas nas universidades brasileiras possibilitam aos estudantes credores desse benefício, sejam eles negros, pardos ou índios, igualdade de condições no mercado de trabalho futuro. Antes disso, cabia a essa parcela da sociedade se contentar com trabalhos focados na mão de obra braçal, como por exemplo: pedreiros, jardineiros, empregadas domésticas, ferreiros e outros. A ideia desse benefício é proporcionar aos cotistas a possibilidade de serem arquitetos, médicos, engenheiros, professores, etc.
 Pesquisando sobre a parcela dos negros na política, tanto nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, me surpreendi com alguns dados. Há mais de um século depois da existência do Supremo Tribunal Federal, nós só temos na casa um único negro: o Ministro Joaquim Barbosa. Eu não consigo acreditar que seja por incompetência, por incapacidade ou pela não vocação dos negros para o estudo. Por isso, temos que admitir que a sociedade brasileira foi estruturada na base do racismo, onde a riqueza produzida no Brasil é fruto da escravidão brasileira.
 Outros dados interessantes são sobre as universidades públicas brasileiras: 75% dos estudantes pertencem as classes A e B e a maioria dos trabalhadores negros estão em universidades privadas. O mecanismo do vestibular é falho, inclusive já foi noticiado e comprovado por grandes emissoras, que essas provas não servem para verificar a qualidade intelectual dos candidatos, e sim resolver o problema da vaga na Universidade. Por isso, o que tem que ser defendido é o acesso as universidades públicas no Brasil, de forma que, todos tenham direito igualitário. Você não acha?

Ocupa POA fala sobre seus ideais e objetivos para o Chega de Balela

Posted by Yuri | Posted in , , , , , , , | Posted on 06:20

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Para o Ocupa POA não existe um único líder, pois todos os integrantes são responsáveis e compactuam dentro do mesmo ideal. Com a promessa de mudança, o “Ocupa POA” é um grupo apartidário. Instalados há mais de três meses no centro da capital, agora na Praça da Matriz, os integrantes do grupo me recepcionaram como um indivíduo do movimento. Me senti totalmente à vontade e fiz as perguntas que achei cabíveis. Foi lendo o que a grande mídia publicou a respeito do grupo, que me interessei em ouvi-los. E concluo dizendo que: “tem muita coisa errada por aí”.
Acompanhe a entrevista exclusiva com o “Ocupa POA” e tire suas próprias conclusões.

No mais, gostaria de agradecer a atenção do Alfeu, Inri, Gabriele, Mauricio e Carlos pela entrevista e pelo tempo tomado.